segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Anestésicos locais

Substância capaz de bloquear, de maneira reversível, os impulsos nervosos aferentes no local da sua aplicação, especialmente os impulsos dolorosos.
Outras substâncias:
-drogas antiarrítmicas (quinidina)
-beta-bloqueadores adrenérgicos (propranolol)
-anti-histamínicos (cloridrato de prometazina)
-frio
-Pressão no tronco nervoso
-venenos protoplasmáticos (álcool, fenol, sufato de amônia, ortocresol (ação irreversível).
Tetrodotoxina (Baiacu) – bloqueio dos canais de cálcio.
1884-koller descreve as propriedades da cocaína como anestésico local de superfície.
Composição:
Um radical aromático que se une aos lipídeos da membrana.
Uma cadeia intermediária
Éster – procaína
Amida – lidocaína.
Um grupamento amina secundária ou terciária, que se liga a proteína da membrana celular.
Em meio ácido, o deslocamento da equação que rege as constantes de dissociação ácido-base, para a esquerda, impedirá que o anestésico local passe pela membrana do neurônio.
Dependendo das condições do paciente, por exemplo, numa acidose metabólica, pode haver alteração na quantidade disponível do anestésico. O pH estando alterado, faz com que a droga não esteja disponível na forma molecular, que é a forma que atravessa membranas e dá o efeito anestésico.
Num dedo infeccionado, por exemplo, o anestésico não vai pegar. Faz se então o anestésico em algum local fora do dedo infeccionado.
Classificação dos anestésicos locais segundo o local de ação.
Classe A, classe B, classe C, classe D.
  • Respeitar as propriedades físico-químicas.
  • Respeitar a farmacocinética.
  • Considerar o local de injeção.
  • Considerar a droga utilizada.
  • Considerar o uso de vasoconstritor
  • Considerar a disponibilidade sanguínea, diretamente relacionada a quantidade de proteínas no plasma.
  • Dosagem da droga:
  • Administração de dois anestésicos locais resulta em toxicidade aditiva.
Concentração=V/M, portanto, lidocaína
0,5% - 80mL=400mg
1,0% - 40mL=400mg
2,0% - 20mL = 400mg
Representação da sequência de sinais e sintomas correlacionados com os níveis sanguíneos dos anestésicos locais.
Convulsão (tipo grande mal)...15μg.mL-1
Tremores e contrações da musculatura facial....10μg.mL-1
Perda de consciência, olhar fixo, náuseas e vômitos....6μg.mL-1
Dislalia. Calafrio. Comportamento irracional, apreensão, visão embaçada, gosto metálico...3μg.mL-1
Cuidado para não ignorar situações clinicas que indiquem a concentração sérica.
Doses máximas dos anestésicos locais a serem utilizadas em clínica.
Passagem placentária:
  • Relacionada a solubilidade lipídica.
  • Relacionada a ligação protéica.
  • pH fetal.
Efeitos sistêmicos:
Aparelho cardiovascular:
Diminuição da despolarização diastólica da fibra de Purking (fase IV)
- pouco efeito na função cardíaca.
-uso em infartados: dose de 50 a 100mg venosos, seguidos de 1 a 4 mg/min em solução a 1%.
Musculatura lisa.
Junção Neuromuscular.
Toxicidade:
Tratamento:
-preventivo: seis itens do livro. Ler.
-sintomático: três itens do livro, não precisa decorar doses.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

PÓS-OPERATÓRIO DE RESSECÇÃO DE TUMOR DE HIPÓFISE


PÓS-OPERATÓRIO DE RESSECÇÃO DE TUMOR DE HIPÓFISE
- Principais complicações:
Fístula liquórica
Diabetes insipidus/SIADH
Infecção
Lesão do nervo óptico
- hidratação: SF 0,9% - 990ml ± 1 – 2 ml/Kg/h
KCl 19,1% - 10ml
- antibioticoterapia profilática: Cefuroxima (Zinacef®) 750mg (IV) 8/8h
- protetor gástrico: Omeprazol 40mg (IV) 12/12h
- analgesia: Dipirona 2ml (IV) 6/6 h. Se necessitar analgesia adicional: à critério
clínico.
- Não é necessário prescrever “hidantalizar”
- Controle rigoroso da diurese
- Controle de sódio a cada 3 horas. Se alterações na diurese (poliúria) ou
alteração nos níveis séricos de sódio, solicitar também osmolalidade
plasmática e urinária a cada 3 horas.
- Atenção na utilização de DDAVP:
- não deve ser utilizado se Na+ normal
- realizar pequenas doses de cada vez (1/8 amp iv)
- Se Na > 148:
SF 0,9% – 500ml (IV) ± 1-2 ml/kg/hora
AD - 500ml
- Se Na < 135:
SF 0,9% - 450ml (IV) ± 1 ml//Kg/h em BIC
NaCl 20% - 50ml
Cuidados de enfermagem:
- protocolo de avaliação neurológica
- observar presença de diminuição da acuidade visual, nistagmo, diplopia,
estrabismo (por lesão do nervo óptico). ATENTAR PARA DÉFICITS DE PRÉ-
OPERATÓRIO.
- realizar balanço hídrico rigoroso de hora em hora. - comunicar e registrar alterações abruptas nos níveis de diurese
- controle de sódio a cada três horas
- NAS CIRURGIAS POR VIA TRANSFENOIDAL:
- manter tampão nasal – NUNCA REMOVER- somente será retirado pela
equipe de neurocirurgia.
- trocar o curativo secundário toda vez que necessário.
- observar saída de líquor pelas narinas (fístula liquórica).
- nos casos de fístula liquórica, manter decúbito a 0º
- nos casos de drenos lombares por fístulas liquóricas, mantê-los em cima
da cama.
- orientar a não assoar o nariz.
- NAS CIRURGIAS POR VIA CONVENCIONAL:
- observar ferida operatória.
Fisioterapia:
- protocolo de avaliação neurológica
- observar presença de diminuição da acuidade visual, nistagmo, diplopia,
estrabismo (por lesão do nervo óptico). ATENTAR PARA DÉFICITS DE PRÉ-
OPERATÓRIO.
- manter decúbito elevado a 30º. Nos casos de fístula liquórica, manter em 0º
- realizar movimentação dos membros
- NAS CIRURGIAS POR VIA TRANSFENOIDAL:
- não aspirar nasotraqueal
- estimular expectoração
- manter suporte adequado de oxigênio (nebulização ou máscara de
Venturi)
- não utilizar ventilação não invasiva
- NAS CIRURGIAS POR VIA CONVENCIONAL:
- manter oxigenioterapia adequada (cateter, nebulização ou máscara de
Venturi). Se necessário, ventilação não invasiva (Bipap, CPAP, RPPI).
- se na admissão, paciente estiver sob ventilação mecânica:
VC = 6 – 8 ml/Kg
PEEP = 5 ou de acordo com a complacência pulmonar.
Capnógrafo = 30 – 35
Ventilação a volume
FR – 12 a 15 ipm ou alterar volume corrente, de acordo com a saturação de
oxigênio, para manter a oxigenação adequada (Sat O2> 95%). Evitar FR
>16 ipm para evitar auto-PEEP, se necessário, alterar a relação I : E (1: 2). Parâmetros de desmame e extubação:
Controle ou reversibilidade do processo que causou o início da ventilação
mecânica.
Presença de estímulo respiratório
Nível de consciência adequado (Glasgow > 8)
pH entre 7,3 e 7,5
pO2 > 80 com FiO2 ≤ 0,4 e PEEP = 5
correção da sobrecarga hídrica
Pressão de suporte = 10
FiO2 = 30%
Freqüência respiratória = 0
Coleta de gasometria arterial
Não faz parte da nossa rotina mas, se necessário desmame em tubo T: 30´ até, no
máximo, 90´, sem deterioração respiratória ou sinais de desconforto, com
manutenção da paO2 ≥ 80 e SpO2 ≥ 95%.

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