Grande número de consultas ao neurologista.
Típico das mulheres.
Os mecanismos envolvem alterações hormonais e psíquicas.
O envolvimento econômico é exorbitante.
Acabou a lenda de que cefaléia é doença de rico. Hoje atinge todas as classes sociais.
Nos EUA é a principal causa de litígios trabalhistas para as mulheres. No homem é a lombalgia.
Alguns tratamentos cirúrgicos levam em consideração se o paciente está ou não em litígio trabalhista, pois isso influi no sucesso ou não.
A patologia é tão comum que hoje existe o cefaliatra.
Hoje essa patologia é classificada e protocolada pela sociedade internacional de cefaléia (SIC).
É um sintoma muito freqüente na população e tem forte impacto na qualidade de vida.
É estuda há milênios.
Os primeiros tratamentos tem cerca de 7 mil anos.
Citando: Miguel de Cervantes, Karl Mark...
Só em 1984 foi apresentada a primeira teoria, a trigêmio-vascular, propondo que as cefaléias têm origem não só nas artérias. Mecanismo complexo, começando com agregação plaquetária...
Aristides Leão, que demonstrou o fenômeno da “depressão alastrante”, hoje conhecido como o provável mecanismo da aura da enxaqueca. Aura: náusea, vômito, escotomas, olfativa... Os mais variados já descritos. O mais comum é o escotoma visual. Pode se dar como manchas, pontos luminosos, arco íris. Existe uma alteração elétrica que se inicia no sulco calcarino (pólo occiptal) e se alastra para o córtex. Isso é chamado de depressão alastrante de Leão. Nada a ver com doença psiquiátrica.
Enxaqueca é termo popular.
Dor:
Considerada uma experiência sensorial e emocional desagradável. É subjetivo, não dá pra medir.
A intensidade e o significado variam conforme a situação e experiências pessoais.
A modulação individual do estímulo doloroso e a percepção subjetiva da dor se tornam possíveis a partir da integração de vias aferentes sensitivas da formação reticular e do sistema límbico.
Hoje se estuda a estimulação cerebral de determinadas áreas a fim de controlar a dor do paciente que já tomou de tudo e não resolveu.
Essas conexões constituem a base neurofisiológica para a compreensão do estreito elo entre dor e alterações psicológicas, bem como influência dos fatores psíquicos...
Epidemiologia:
Pequena parcela da população nunca teve dor de cabeça.
Prevalência estimada de 57% a 90%
Predominância feminina.
15-30% são crônicas.
Europa e EUA incidência maior que países asiáticos.
Negros e asiáticos com menor prevalência que os brancos.
Somente 4% dos pacientes procuram o especialista.
1% com crise migranosa, atendimento de urgência.
50% no consultório do neurologista.
Conseqüências:
Custo pessoal Imensurável.
Tipos de Cefaléia:
· Primária ou secundária.
· Década de 80, ausência de classificação.
· 1988-sociedade internacional de cefaléia.
1-Migrânea (ou hemigrânia), com ou sem aura, ou Enxaqueca.
· Alta prevalência em mulheres (3x).
· Dor moderada a intensa.
· Fronto-temporal (uni ou bilateral).
· Insidiosa.
· Pulsátil ou pressão.
· Geralmente associada a náuseas e vômitos.
· 4-72 horas.
· Agravamento com atividade física.
· Foto ou fonofobia.
· Pelo menos 5 episódios por mês.
· Aura é um sintoma incomum.
2-Cefaléia tipo Tensional.
· Aqui o quadro emotivo está intimamente ligado.
· Persistente. Pelo menos 10 episódios mensais
· 30 minutos a 7 dias.
· Leve a moderada.
· Bilateral.
· Não piora com atividade física.
· Pressão ou aperto, não pulsátil.
· Sem sintomas digestivos
· Sem fono ou fotofobia.
3-Cefaléia em Salvas (CLUSTER).
· É mais comum no homem.
· Age em sazonalidade.
· Muitissíssimo forte.
· Na mulher é a hemigrânia paroxística contínua.
· Mais intensa que existe.
· Mais freqüente em homens (10-20/1).
· Rara 0,1-0,5% da população.
· Pelo menos 5 episódios.
· Dor orbitária, supraorbitária ou temporal.
· 15-180 minutos.
· Pelo menos um dos seguintes sintomas: hiperemia conjuntivas, lacrimejamento, ptose, miose, sudorese facial, rinorréia, congestão nasal, edema palpebral.
4-Outras Cefaléias Primárias.
Diagnóstico:
Clínico:
· História clínica. Início dos sintomas, características da dor, irradiação, fatores de melhora ou piora.
· Exame físico normal.
· Exames de imagem: tomografia computadorizada: normal.
Diagnóstico diferencial:
· Rigidez de nuca
· Febre
· Alteração no exame neurológico
· Vômitos intratáveis
· História de TCE
· Paciente acima de 55 anos.
· HIV positivos
· Início súbito.
· Sempre pensar em condições secundárias.
Referencias bibliográficas:
· Cefaléias primarias – Como diagnosticar e tratar – Abordagem prática e objetiva.
· Entendendo a enxaqueca.
Tratamento:
Cefaléia primária em si ou crise migranosa. Ainda trata-se a cefaléia crônica diária.
Crise migranosa: A medicação endovenosa tem um pico de ação maior que a oral, usa-se para tirar da crise. Oxigênio em alta concentração é um potente vasoconstritor. Hoje existe o sumatriptano ev.
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