quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cefaléia

Grande número de consultas ao neurologista.

Típico das mulheres.

Os mecanismos envolvem alterações hormonais e psíquicas.

O envolvimento econômico é exorbitante.

Acabou a lenda de que cefaléia é doença de rico. Hoje atinge todas as classes sociais.

Nos EUA é a principal causa de litígios trabalhistas para as mulheres. No homem é a lombalgia.

Alguns tratamentos cirúrgicos levam em consideração se o paciente está ou não em litígio trabalhista, pois isso influi no sucesso ou não.

A patologia é tão comum que hoje existe o cefaliatra.

Hoje essa patologia é classificada e protocolada pela sociedade internacional de cefaléia (SIC).

É um sintoma muito freqüente na população e tem forte impacto na qualidade de vida.

É estuda há milênios.

Os primeiros tratamentos tem cerca de 7 mil anos.

Citando: Miguel de Cervantes, Karl Mark...

Só em 1984 foi apresentada a primeira teoria, a trigêmio-vascular, propondo que as cefaléias têm origem não só nas artérias. Mecanismo complexo, começando com agregação plaquetária...

Aristides Leão, que demonstrou o fenômeno da “depressão alastrante”, hoje conhecido como o provável mecanismo da aura da enxaqueca. Aura: náusea, vômito, escotomas, olfativa... Os mais variados já descritos. O mais comum é o escotoma visual. Pode se dar como manchas, pontos luminosos, arco íris. Existe uma alteração elétrica que se inicia no sulco calcarino (pólo occiptal) e se alastra para o córtex. Isso é chamado de depressão alastrante de Leão. Nada a ver com doença psiquiátrica.

Enxaqueca é termo popular.

Dor:

Considerada uma experiência sensorial e emocional desagradável. É subjetivo, não dá pra medir.

A intensidade e o significado variam conforme a situação e experiências pessoais.

A modulação individual do estímulo doloroso e a percepção subjetiva da dor se tornam possíveis a partir da integração de vias aferentes sensitivas da formação reticular e do sistema límbico.

Hoje se estuda a estimulação cerebral de determinadas áreas a fim de controlar a dor do paciente que já tomou de tudo e não resolveu.

Essas conexões constituem a base neurofisiológica para a compreensão do estreito elo entre dor e alterações psicológicas, bem como influência dos fatores psíquicos...

Epidemiologia:

Pequena parcela da população nunca teve dor de cabeça.

Prevalência estimada de 57% a 90%

Predominância feminina.

15-30% são crônicas.

Europa e EUA incidência maior que países asiáticos.

Negros e asiáticos com menor prevalência que os brancos.

Somente 4% dos pacientes procuram o especialista.

1% com crise migranosa, atendimento de urgência.

50% no consultório do neurologista.

Conseqüências:

Custo pessoal Imensurável.

Tipos de Cefaléia:

· Primária ou secundária.

· Década de 80, ausência de classificação.

· 1988-sociedade internacional de cefaléia.

1-Migrânea (ou hemigrânia), com ou sem aura, ou Enxaqueca.

· Alta prevalência em mulheres (3x).

· Dor moderada a intensa.

· Fronto-temporal (uni ou bilateral).

· Insidiosa.

· Pulsátil ou pressão.

· Geralmente associada a náuseas e vômitos.

· 4-72 horas.

· Agravamento com atividade física.

· Foto ou fonofobia.

· Pelo menos 5 episódios por mês.

· Aura é um sintoma incomum.

2-Cefaléia tipo Tensional.

· Aqui o quadro emotivo está intimamente ligado.

· Persistente. Pelo menos 10 episódios mensais

· 30 minutos a 7 dias.

· Leve a moderada.

· Bilateral.

· Não piora com atividade física.

· Pressão ou aperto, não pulsátil.

· Sem sintomas digestivos

· Sem fono ou fotofobia.

3-Cefaléia em Salvas (CLUSTER).

· É mais comum no homem.

· Age em sazonalidade.

· Muitissíssimo forte.

· Na mulher é a hemigrânia paroxística contínua.

· Mais intensa que existe.

· Mais freqüente em homens (10-20/1).

· Rara 0,1-0,5% da população.

· Pelo menos 5 episódios.

· Dor orbitária, supraorbitária ou temporal.

· 15-180 minutos.

· Pelo menos um dos seguintes sintomas: hiperemia conjuntivas, lacrimejamento, ptose, miose, sudorese facial, rinorréia, congestão nasal, edema palpebral.

4-Outras Cefaléias Primárias.

Diagnóstico:

Clínico:

· História clínica. Início dos sintomas, características da dor, irradiação, fatores de melhora ou piora.

· Exame físico normal.

· Exames de imagem: tomografia computadorizada: normal.

Diagnóstico diferencial:

· Rigidez de nuca

· Febre

· Alteração no exame neurológico

· Vômitos intratáveis

· História de TCE

· Paciente acima de 55 anos.

· HIV positivos

· Início súbito.

· Sempre pensar em condições secundárias.

Referencias bibliográficas:

· Cefaléias primarias – Como diagnosticar e tratar – Abordagem prática e objetiva.

· Entendendo a enxaqueca.

Tratamento:

Cefaléia primária em si ou crise migranosa. Ainda trata-se a cefaléia crônica diária.

Crise migranosa: A medicação endovenosa tem um pico de ação maior que a oral, usa-se para tirar da crise. Oxigênio em alta concentração é um potente vasoconstritor. Hoje existe o sumatriptano ev.

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