domingo, 15 de maio de 2011

Rascunho de pediatria: Desidratação na infância e continuação de diarréia aguda.

Salmonella:
Shiguella: a mãe nos relata diarréia com muco. A questão do sangue em fezes de criança, precisa tomar cuidado com a informação da mãe. Meningismo é a presença de sinal meníngeo sem alteração liquórica, e pode aparecer. Em qualquer faixa etária, essa é a indicação clássica.
Campilobacter e Yersínia são de difícil isolamento.
Diarréia aguda por criptosporidium pardium em criança eutrófica está surgindo.
Exames laboratoriais: no posto de saúde a criança com diarréia deve ser tratada com hidratação e dieta ideais. Floratil pode ser um placebo. Os pré bióticos funcionam muito bem: carbohidratos de cadeia longa, carne magra, são dietas anti-fermentativas. Vai ter posteriormente a nível intestinal o pró-biótico. Se mantiver a dieta habitual da criança é melhor. Tem que ser inteligente e adequar a dieta. Manter a diluição do leite.
Só vai fazer exame se a criança precisar internar. Cultura de fezes, parasitológico de fezes, pesquisa de rotavírus, hemograma, Na, K, gasometria, leucócitos nas fezes. pH das fezes é mais ácido no lactente e mais básico no escolar.
O fato de internar significa que o quadro diarréico agudo não teve boa evolução. Primeiro hidrata, depois colhe eletrólitos, a não ser que a criança esteja em choque. Fezes colhe 3 amostras em dias alternados. Tem se então os exames inespecíficos e os específicos. A maioria é tratamento conservador.
Complicações: em curto prazo, desidratação. Em longo prazo: infecção aguda principalmente por rotavírus, podendo causar má absorção.
Tratamento: hidratação, dieta normal. O soro caseiro não contém potássio, é na urgência, medida de atenção primária. Substitua quando possível pelo soro da OMS.
No tratamento específico hoje a OMS recomenda suplementação com sulfato de zinco, é protocolo. Previne a recorrência. Faz no quadro agudo. Os antibióticos em geral de primeira escolha usam-se o bactrim ou ácido nalidíxo. A trimetoprima está contra indicada em recém nascidos de até 4 semanas, dá hipertensão intra-craniana. Está indicado em shiguelose, Escheria coli e salmonela. Classicamente em menores de 3 meses.
Dá pra se virar muito bem com a terapêutica específica. Em cólera também se faz a antibiótico terapia.
Tiorfan: não tem indicação.
Desidrataçao:
Perda de água e eletrólitos. Principal causa em pronto socorro. A criança faz choque hipovolêmico.
Graus leve, moderada e grave. Em caso leve trata-se sempre com hidratação oral. A moderada, em que o déficit é maior que 5 a 10%, a hidrataçao é oral, desde que não tenha íleo paralitico, ressecção intestinal ou diminuição do estado de consciência, septcemia. Respeitam-se as contra-indicações desta terapia de reidratação.
A desidratação grave, em que tenha perda maior que 10%, é o pré-choque. Tem sinais de instabilidade hemodinâmica, neste caso está contra indicado a terapia de hidratação oral.
Desidratação isotônica: perda de proporções iguais de água e eletrólitos. Sódio plasmático e osmolaridade estão normais.
Quadro clínico: em grau leve não há sinais muito evidentes de desidratação celular. Está alerta... Já na moderada tem sinais evidentes, mas sem sinais de instabilidade hemodinâmica. As extremidades podem estar pouco frias. O débito urinário pode estar diminuído, mas ainda normal. Os pulsos periféricos podem estar diminuídos, mas os centrais podem estar normais. São sinais sutis. No lactente tem os sinais clássicos: turgor, fontanela... Na grave, a criança pode estar letárgica, pulsos periféricos não palpáveis, centrais diminuídos. Débito urinário menor que 1mL/kg/hora. Respiração rápida por acidose lática. Tempo de enchimento capilar prolongado.
No escolar os sinais têm que ser bem observados. No lactente são mais evidentes.
Na desidratação hipotônica tem-se uma perda maior de eletrólitos que água: desnutrido com diarréia e vômito. Sódio sérico menor que 130mEq por litro.
Desidratação hipertônica: perda de água maior que a perda de eletrólitos. Retração do extracelular com manutenção do intracelular. Acontece em recém nascidos que não ingerem líquidos. A mãe não consegue ou dá pouco leite materno. É grave. Em geral é mais comum nos recém nascidos. Febre alta, sinal meníngeo, rigidez de nuca e convulsão. Na desidratação grave existe oligúria.
Tratamento da doença diarréica aguda: hidratação oral e venosa. Dieta normal para a idade. Específico: evitar antiemético e antitérmicos, não usar antidiarréicos do tipo loperamida, não usar antiespasmódicos e cosméticos intestinais...
Tratamento da desidratação decorrente da doença diarréica aguda: aumentar ingestão de líquidos, na leve. O soro caseiro mantém a criança hidratada, mas não hidrata. Manter a alimentação habitual, informar à mãe sobre quando retornar imediatamente. Água de coco não serve para reidratar.
Soro caseiro: 1 medida de sal mais 2 medidas de açúcar em 1 copo de água.
Para leve ou moderada: plano B: fase de reparação ou expansão na unidade de saúde. 50 a 100mL por kg, SRO-OMS, 4 a 6 horas, alimentação normal. Para manutenção em casa: SRO após cada evacuação. Até 12 meses: 50 a 100mL, mais de 12 meses: 100 a 200mL, mais de 10 anos: à vontade.
Composição do SRO – OMS 2002: cloreto de sódio: 2,6g; glicose anidra: 13,5g; cloreto de potássio...
Plano C: grave: expansão rápida: iniciar imediatamente com 100mL/kg com soro fisiológico. Deve ser administrada:
Em crianças menores de 1 ano: 30mL/kg em uma hora e o restante em cinco horas.
Em crianças com mais de 1 ano: 30mL/kg em 30 minutos e o restante em duas horas e meia. Nos dois casos repete-se a primeira etapa se o pulso radial ainda estiver débil ou impalpável.

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