domingo, 15 de maio de 2011

Rascunho de Urologia: neoplasias renais.

É um dos tumores em que mais houve evolução no tratamento, principalmente em relação às drogas e aos tumores metastáticos. Urologista, brasileiro, John Hopkins...
A cirurgia ainda ocupa um espaço muito grande na terapêutica. Existe uma terapia nova, a terapia focal, reservada para tumores pequenos, de até 4cm. Antes se fazia nefrectomia radical nesses tumores.
A cirurgia benigna é diferente da cirurgia em tumores malignos. Pode-se ainda, mudar o estadiamento de acordo com a evolução do tumor. Se o cirurgião violar a cápsula renal e gordura, pode haver implantação de células renais cancerosas.
Na nefrectomia radical retira-se o rim, gordura perirrenal, gerota e suprarrenal ipsilateral.
Dessa cirurgia evolui-se para a cirurgia poupadora de néfrons (nefrectomia parcial). De acordo com a literatura, a sobrevida em relação à nefrectomia radical e parcial é absolutamente a mesma. Existem situações em que o tumor pode acometer o outro rim após algum tempo. Em lesões favoráveis à ressecção parcial e menores que 4cm, faz-se a nefrectomia parcial, em que haverá uma lesão nas extremidades do rim e longe dos vasos (o tumor se localiza nas extremidades).
Devido à evolução dos métodos de imagem, diagnosticam-se tumores cada vez menores, e em função disso evoluíram os métodos cirúrgicos para cirurgias focais. Antes era só a nefrectomia total. Evoluíram também os medicamentos.
História:
1826: primeiro relato...
1855: câncer de rim...
1861: nefrectomia...
1869: nefrectomia planejada...
1870: nefrectomia por pielonefrite...
1903: albarran...publicou livro.
1980: Classificação – Glenn –
Benignos:
O mais comum é o cisto simples, depois vem o feocromocitoma: hipertensão, sudorese, agitação, sintomas da descarga de adrenalina, acesso de raiva. Outros: angiomiolipoma, oncocitoma, pseudotumor, reninoma, leiomioma, hamangioma...
Inflamatórios: Abscesso, pielonefrite, pielonefrite xantogranulomata, cisto renal infectado, tuberculose, granuloma reumático. São cirurgias difíceis.
Malignos:
Carcinoma renal ou hipernefroma é o mais freqüente: nefroureterotomia: até a implantação na bexiga, para evitar recidivas. Além destes: carcinoma células transicionais, linfoma, leiomiosarcoma, tumor de Wilms do adulto, tumor de Wilms, Rabdomiosarcoma, hemangiopericitoma, liposarcoma, leucemia, osteosarcoma, neurofibrosarcoma, metástase.
Cisto simples:
Únicos ou múltiplos, 70% das massas renais, uni ou bilateral, assintomáticos e sem significado clínico. O cisto renal geralmente é uma cápsula com liquido homogêneo: presença de lesão homogênea com liquido hipoecóico, ao US.
Oncocitoma: benigno: 3 a 7%%: tumores neocorticais sólidos. Mais comum em homens, unifocais. Histologia: grandes células eosinofílicas, forma poligonal, bem capsulado, origem dos túbulos coletores, encapsulados, bem circunscritos. Tem fibrose central em estrela.
Angioliomiolipoma: hamartoma, associado com esclerose tuberosa: retardo mental, epilepsia, adenoma sebáceo. Pacientes jovens: tumores grandes, sintomáticos, bilateral. Tumores amarelos e cinzas, hemorragia importante, vasos, adipócitos e músculo liso.
Sintomas: grandes tumores: desconforto local, sintomas de compressão TGI. Hemorragia e hipotensão. Menor de 4cm: urobserva. Maiores de 4cm: seguimento, embolização e cirurgia.
A tomografia mede a gordura da lesão, e ajuda a fechar o diagnóstico. O ultrassom revela o córtex normal, o rim está funcionando normal, se estiver afilado, pode ser lesão renal.
Angiomiolipoma vs CCR: cerca de 1/3 dos CCR são hiperecogênicos em relação ao córtex renal.
Epidemiologia: 3% malignidades do adulto. Incidência aumentando, devido ao maior acesso às técnicas de imagem.
Origem genética: herança autossômica dominante, doença de Von Hippel-lindeau, e associação ao fumo, asbestos e diálise.. É um tumor extremamente agressivo. Acomete mais homens.
Etiologia: T
Túbulos contornados proximal, distal e coletores.
Citogenética: 1980: deleções e translocações do braço curto do cromossomo 3, perda de um segmento, desenvolvimento CCR. Ativação proteína ativadora mitogênica (MAP).
Tipos histológicos: Claras: 80%; papilar: 14%; oncocítico, cromofobo, ductos coletores.
Sinais e sintomas:
Tríade clássica: dor, hematúria e massa em flanco: apenas em 10% dos pacientes.
Outros: febre, sudorese noturna, varicocele súbita, hipertensão arterial, síndrome paraneoplásica (aumento prostaglandina, glucagon, eritropoetiana, PTH like, renina e insulina).
Estadiamento:
Tx-T4. N1-N4. M1. Faz-se por tomografia ou ressonância magnética. Avalia-se pulmão e fígado.
Exames de imagem: Urografia excretora, US, tomografia computadorizada.
Bosniak – I e II. Existem tumores que não são sólidos. Este autor caracterizou os cistos renais. O tipo I é uma lesão igual ao cisto simples: regular, parede simples e homogêneo. O tipo II é o tipo I acometido de alguma alteração, como calcificações.
Classificação tomográfica. Bosniak III: cisto renal de conteúdo liquido com alterações renais maiores, como grandes calcificações.
O Bosniak IV é um cisto com lesão sólida dentro, se caracteriza pela impregnação por contraste em sua parede.
Em Bosniak I e II segue com tomografia.
Em Bosniak III e IV explora-se o cisto.
Tratamento:
Nefrectomia radical; linfadenectomia (disseminação linfática e hematológica). A linfadenectomia não aumenta a sobrevida, é uma cirurgia mais extensa e tem maiores complicações. Drenagem linfática variável.
Terapia Nephron-sparing:
Em rim único, câncer bilateralmente, rim contralateral funcionalmente pobre, lesão renal pequena e periférica, tumor detectado incidentalmente, não há certeza prévia de neoplasia, dúvida de que o rim contralateral é normal.
Cirurgia poupadora de néfrons. Ou enuclea-se a lesão ou se pega um pedaço do parênquima.
Metástase: quimioterapia: aumenta sobrevida da doença, sem progressão. Tensirolimus, sorefenib, su...
Imunoterapia: sobrevida de 2 anos em 22%, faz-se com interferon e interleucina.
Existem também as vacinas alvo específicas contra os tumores, estão em desenvolvimento.

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