sábado, 7 de maio de 2011

Rascunho de nefrologia: Nefropatia diabética.

Nefropatia clínica instalada: proteinúria, assintomática. Com a evolução tende a ficar nefrótica. HAS faz parte do quadro clínico. Tipo 1 sem nefropatia normalmente é normotenso. Declínio progressivo natural da TFG. Retinopatia e neuropatia diabética. 30% hematúria.
Na dúvida faz-se o exame de fundo de olho. Se for positivo é provável que seja nefropatia diabética.
Estágios clínicos:
I- Hipertrofia e hiperfiltração.
II- Normoalbuminúria e discretas alterações histológicas.
III- Microalbuminúria, usualmente após 5 anos de diabetes.
IV- Nefropatia estabelecida, 15 a 20 anos de diabetes (albuminúria maior que 300mg/24 horas).
V- IRC terminal.
Indica-se a hemodiálise quando o clearence da creatinina estiver menor que 15mL/minuto.
Diabetes mellitus tipo 2 – DM 2
Diagnóstico: 10-20% hipertensão e proteinúria modesta.
Não se sabe bem há quanto tempo o paciente possui a doença.
70% retinopatia;
Alta prevalência de doença coronariana.
Microalbuminúria: no tipo I indica evolução para nefropatia diabética. No tipo II é marcador de lesão vascular generalizada.
Normalmente o problema começa no mesângio. Ele vai aumentando e produz mais matriz mesangial. O depósito dessa matriz no glomérulo se chama esclerose. Glomeruloesclerose. Lesa a membrana basal, pelo depósito de produtos de degradação. Lesa também pedicelo, causando proteinúria. Glomeruloesclerose nodular é típico de nefropatia diabética avançada e se chama doença de kimmestiel-wilson.
Os múltiplos fatores que favorecem o aparecimento da doença são hemodinâmicos-sistêmicos e renais, glicemia e predisposição genética. A hiperglicemia mantida provoca hiperfiltação, e, além disso, o excesso de glicose vai para a via de produtos avançados de degradação, como o sorbitol.
Hemodinâmica renal: paciente diabético tipo I da-se um IECA – captopril. Atualmente um BRA. A angiotensina é um fator de crescimento, sua inibição ajuda na proteção ao rim. Quem não tem microalbuminúria não precisa tomar.
Controle pressórico: captopril x atenolol em diabéticos tipo II. Eficácia semelhante na prevenção de complicações macro e microvasculares da diabetes.
Glicemia: a evolução dos pacientes com hemoglobina glicosilada menor que 7 é bem melhor que os diabéticos não controlados.
A glicemia elevada glicosila proteínas plasmáticas, membrana basal glomerular, componentes da matriz mesangial. Formação de produtos finais da glicosilação avançada (AGEs). Interferência na via dos polióis. Onde se depositar dará doença, como a neuropatia diabética...
Glomeruloesclerose intercapilar difusa: não forma nódulos.
Tratamento:
Controle glicêmico e hemoglobina glicosilada (pega até 2 meses anteriores);
Controle da hipertensão e da microalbuminúria: reduzir PA para 135 x 80 mmHg;
IECA ou BRA.
Inibidores da ECA deve ser introduzido na fase de microalbuminúria, tem efeito nefroprotetor na DM tipo 1.
DM 2: IECA é droga de escolha no tratamento da hipertensão, controvérsias do benefício na microalbuminúria. Cuidados com hiperpotassemia, pelo bloqueio da produção da aldosterona.
O nervo renal pode ficar lesado por nefropatia, e produzir menos renina: hiporreninêmico.
Bloqueadores de angiotensina 1: eficácia semelhante ao IECA. Indicados aos pacientes com efeitos adversos do IECA.
DM2:
Exercícios físicos e perda de peso;
Controle agressivo da hipercolesterolemia;
Redução da PA;
Controle glicêmico;
Droga inicial: IECA.
No tipo 2 a maioria toma 3 ou 4 remédios para controle da doença.
Lantus: insulina que não dá pico. Mas tem que tomar insulina rápida na hora das refeições.
Indicação de Diálise começa com clearance menor que 15mL por minuto por 1.73m2. Sintomas urêmicos exacerbados pela neuropatia, desordens metabólicas e vasculopatia.
Pacientes com patologia cardiovascular (miocardiopatia, coronariopatia e vasculopatias) devem ser orientados para diálise peritonial.
Transplante renal:
Idade abaixo de 45 anos, dependendo do estado;
Duração do diabetes < 25 anos;
Não fumantes;
Sem queixas cardiovasculares;
ECG tem baixo risco de doença coronariana;
Demais pacientes: discutir cateterismo. O risco de infarto durante cirurgia, pela anestesia, é grande. A doença é sistêmica. Principal causa de cegueira.
Diabético pode infartar sem dor, pela perda da sensibilidade.

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