sábado, 7 de maio de 2011

Rascunho de Urologia: Tumores de testículos.

Mesmo em estadios avançados é possível a cura na maioria dos pacientes. É um diferencial. Tour de France: inicialmente realizada para aumentar a tiragem do jornal de um cara que fez uma corrida de bicicleta...o cara que mais vezes ganhou o tour de France tinha um tumor de testículo com metástase pulmonar, teve cura. Incidência de 5,3/100000/ano. 90% são de células germinativas. Não germinativas são os das outras células: leydig, sertoli e sarcomas. O testículo pode ser sede de metástases.
Germinativos:
Seminoma: é o mais comum, 50% dos casos.
Não seminomatosos: carcinoma embrionário: 30% dos casos. Teratocarcinoma.
É importante saber qual é o tumor para dar seguimento no tratamento correto. Os não seminomatosos são um conjunto de vários tumores, o patologista vai dar a discriminação. Há também os tumores mistos. Trata-se como não seminomatoso, porque é mais agressivo. O diagnóstico do patologista é essencial para o tratamento. Pode-se fazer revisão de lâmina caso falhe o tratamento.
Memorizar que o número de casos em função da idade é de importância na epidemiologia dos tumores. Até 10 anos é o tumor de saco vitelínico. A partir dos 50 anos pensa-se mais em linfomas.
70% estão confinados ao testículo;
17% têm acometimento ganglionar;
13% têm metástase;
Sobrevida de cinco anos: 99,3% se doença localizada; 95,8% têm acometimento ganglionar e 70% nas metástases.
Sinais e sintomas:
Aumento indolor do testículo;
Pode ser confundido com epididimite;
30% dos casos;
Exame de imagem: ultrassonografia de bolsa escrotal (sens. e especificidade de 95%), mas é operador dependente.
Toda lesão intratesticular considera-se CA até que prove o contrário.
Manifestações clinicas em pacientes com tumores germinativos do testículo: aumento de volume, dor local, nódulo testicular, dor lombar, dor abdominal, perda de peso. Sinais: aumento de volume, massa sólida, dor à palpação, testículo fixo, massa abdominal, perda de peso, ginecomastia, gânglios inguinais, gânglios supraclaviculares.
Além de US pode se pedir os marcadores tumorais, entretanto não são muito bons. É importante se vier positivo. Alfa-fetoproteína (AFP), gonadotrofina coriônica-B (BGCH), fosfatase alcalina placentária, lactogênio placentário humano, deidrogenase lática, antígeno carcinogênico.
Exame de imagem: US de bolsa escrotal, difere lesões sólidas e lesões inflamatórias. Caso venha suspeita de nódulo, faz se biópsia por via inguinal. Para evitar disseminação no escroto e conseqüente escrotectomia.
Orquiectomia radical: testículo mais uma parte do cordão.
Depois do anátomo-patológico faz se o estadiamento do tumor. No estadio 3 tem metástase pulmonar e mediastino. A metástase começa pelos linfonodos retro-peritonias.
Estádio I: restrito ao escroto.
Estadio II: linfonodos retro-peritoneais;
Estadio III: metástases supradiafragmática ou viscerais.
Geralmente pede-se tomografia, mas ela não pega tumor menor que 2cm. Faz-se então linfadenectomia. Tem indicações específicas.
No pulmão avalia-se com radiografia e tomografia.
Tem se o estadiamento clínico e cirúrgico.
Pra facilitar, faz-se a divisão do corpo em 3: andar infra-púbico, andar abdominal e andar do tórax.
Tratamento:
Precisa saber o tipo histológico.
Seminoma: faz se orquiectomia. Grau I: radioterapia. Grau II: radioterapia e quimioterapia. Grau III: quimioterapia citorredutora e cirurgia.
Os seminomas são supersensíveis à radioterapia. Perde-se a fertilidade com a radioterapia.
Tratamento dos não-seminomas: grau I: linfadenectomia ou seguimento; Grau II: linfadenectomia, quimioterapia. Grau IIc-III: quimioterapia e cirurgia.
70% das linfadenectomias são brancas, para estadio I. Tem grupos que fazem de rotina, para melhor diagnóstico e tratamento. Tem grupos que não fazem. Pode se mudar o estadiamento após linfadenectomia.
Violação escrotal: quando abre e é um tumor. Pode acontecer em Punção escrotal, orquiectomia transescrotal, varicocele, orquipexia, herniorrafia. O tratamento para tumor localizado se for seminoma, faz radioterapia local. Se for não seminoma, faz-se escrotectomia. Se o tumor for metastático faz-se a quimioterapia.
Indicações de linfadenectomia para tumores não-seminomatosos: invasão do cordão/epidídimo; invasão vascular; carcinoma embrionário puro; estudo retroperitoneal duvidoso; pacientes não confiáveis.
Classificação prognóstica(1997):
Tumores de bom prognóstico:
Seminomas:
Sem metástases extrapulmonares;
Qualquer sítio primário;
AFP normal;
Qualquer valor de βHCG e DHL.
Não-seminomas:
Bom prognóstico:
Sem metástases viscerais extrapulmonares; TU primário testicular/retroperitoneal;
AFP<1000ng...
Prognóstico intermediário:
Não seminomas:...
Tumores de mau prognóstico no seminoma: não existem.
Tumores de mau prognóstico em não seminomas:
Tumor mediastinal primário;
Metástases viscerais extrapulmonares;
AFP>10000ng/mL...

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